Consultoria em Luxo - Paulo Chiele

Consultoria em Luxo - Paulo Chiele

Consultoria em Luxo - Paulo Chiele

WhatsApp

Até o final do ano de 2022, o mercado de produtos de luxo de uso pessoal deverá chegar próximo aos 370 bilhões de dólares,
de acordo com informações da empresa de análise Bain & Co. juntamente com a Fondazione Altagama da Itália. Isto representa
um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. O que contrariou as estimativas anteriores de um crescimento máximo de
15%, em vista dos efeitos e limitações ainda impostas pela pandemia precedente.

Para 2023, as perspectivas continuam não tanto otimistas, com percentuais estimados entre 3 e 8% de crescimento apenas. As
razões para isso são o aumento das tensões macroeconômicas e o ritmo de recuperação da economia chinesa, grande motor de
consumo de luxo.

Pexels
Pexels

A tendência mundial para o mercado do luxo é que ele se torne CADA VEZ MAIS LUXUOSO e, portanto, menos acessível
que em tempos precedentes. Cerca de 2% apenas dos consumidores de luxo representarão cerca de 40% de todo o consumo.
A pandemia provocou um retorno do luxo aos seus valores originais, fazendo com que as empresas apostassem ainda mais na
qualidade, na busca da perfeição e na criação de experiências criativas e personalizadas para uma clientela cada vez mais exigente.
No entanto, a busca por novos mercados não parou. Isto permite às marcas monitorarem o equilíbrio entre exclusividade e
acessibilidade. Mercados emergentes para o luxo - como a Índia e a Coreia do Sul - contribuíram para o crescimento, assim como
a retomada das vendas nos Estados Unidos e países da Europa. Cerca de 95% das empresas do luxo experimentaram crescimento
neste ano de 2022.

Até 2030, o mercado de luxo para itens de uso pessoal deve atingir, de qualquer forma, cerca de 580 bilhões de dólares. O que
significa excelentes possibilidades para empresas que desejarem entrar neste universo.
Não esquecendo, é claro, o importante papel do digital na evolução do mercado do luxo. Passando da era da digitalização, - o
que já parece ter sido incorporado de forma eficiente pela grande maioria das empresas -, entramos agora na era da
“virtualização”. Batizado pelo renomado escritor e analista do luxo Eric Briones, a corrida atual das empresas do luxo é para
colocar as marcas no seleto grupo de marcas chamadas de “Méta-Luxe”.

O “Meta-Luxo”, obviamente, exige o domínio do mundo digital/virtual e representa uma nova energia, uma nova força
repetitiva e declamatória que representa um luxo sem limites, em permanente movimento.
Através das experimentações virtuais, as principais grifes disruptivas - como Balenciaga, Gucci, Prada entre outras -, travam
uma batalha para ser “meta”, explorando “ambição”, influência”, “soft power” e “narcisismo”.

Pexels

O NOVO LUXO deve agora ir muito mais além da política ou das finanças, muito além da modernidade e muito além da
inovação. Luxo como “troféu” do engajamento e, acima de tudo, revelador de identidades e personalidades. Para isto, o desafio
permanente de avançar pelo mundo virtual com extrema criatividade. Verdadeiros “camaleões meta-modernos”.
Esta será a função do Metaverso para o luxo: permitir que os clientes se reconectem com a história de seus produtos de
preferência. Além disso, é o meio que exige de as empresas agregarem o máximo de valor a todo patrimônio “intangível”
adquirido ao longo dos anos.

Basicamente, como disse François Pinault, o que torna o Grupo Kering tão influente é a sua capacidade de conjugar a tradição
com a disrupção. Através da estética codificada, mas sutil e sempre presente em seus projetos, as marcas conseguem inovar sem
criar desilusão e enriquecer os produtos ao longo do tempo, na medida em que se tornam coerentes com a proposta e na época
atual. O que chamamos em luxo de “relevância contemporânea”.

A marca meta-luxo deve manter, na maioria de suas ações, a imprevisibilidade, sem cair na estratégia previsível que acaba com
o interesse do público. Para uma estratégia de sucesso no novo luxo digital/virtual, crie suas NFTs, promova eventos no
Metaverso, não fique de fora dos placements em jogos populares de vídeo (já são mais de 3 bilhões de pessoas jogando, sendo 45%
mulheres), crie colaborações, entre no ritmo da “VIPização” (eventos exclusivos para V.I.Ps) e leve seu digital para o “Virtual”. Seu
caminho para o Meta-Luxo estará pavimentado.

Bom Luxo!

Paulo Chiele é um dos principais consultores e especialistas do segmento de Luxo no Brasil e desde 2014 dirige a PRC - Consultoria em Luxo. | contato@prconsultoriaemluxo.com.br