Mixitè - Simone Pontes

NÃO É SÓ DE PULSO QUE VIVE O CORAÇÃO

NÃO É SÓ DE PULSO QUE VIVE O CORAÇÃO

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AGORA NÃO É MAIS APENAS UMA IDEIA POPULAR QUE NO CORAÇÃO SÃO VIVIDAS AS EMOÇÕES. É CIÊNCIA!

 

   No interior do peito, onde pulsa a vida, reside não apenas o palpitar das emoções, mas, também, um intricado enigma de sabedoria que desafia as fronteiras do que conhecemos até então sobre o coração.

   A ciência moderna, ao mergulhar nas complexidades desse órgão vital, tem desvendado uma verdade notável, corroborando opiniões antigas e conferindo ao coração um status além da mera máquina de sustentação da vida. “Há um cérebro no coração, metaforicamente falando”, disse Dr. Rollin McCraty, do Instituto HeartMath, uma organização sem fins lucrativos que oferece tratamentos com base na conexão entre o coração e o cérebro. “O coração contém neurônios e gânglios que têm a mesma função que as do cérebro, tais como a memória. É um fato anatômico”, disse ele. “O que as pessoas não sabem é que o coração envia mais informações ao cérebro do que o cérebro envia ao coração”, McCraty acrescenta.

Cientistas criam primeiro mapa 3D dos neuro?nios do corac?a?o. Acima reproduc?a?o do esquema de um corac?a?o de rato - Imagem: Thomas Jefferson University
O modelo mostra 25 mil neuro?nios, e 20 milho?es de sinapses rolando entre eles - Imagem: Google / FlyEM/Divulgação)

   A interligação entre coração e cérebro, conhecida como neurocardiologia, revela que emoções negativas podem desencadear padrões de ondas cerebrais e ritmos cardíacos dessincronizados. Em contrapartida, as emoções positivas promovem uma harmonia e coerência entre esses ritmos cardíacos e padrões específicos. O processo é fascinante: o coração transmite mensagens ao cérebro através de caminhos físicos, que são, então, interpretados como emoções. Assim, o coração cardíaco é como um código Morse, comunicando informações importantes sobre nosso estado emocional.

   Essas descobertas abrem novos horizontes para compreendermos a interação entre emoções, coração e cérebro, revelando um aspecto notável da biologia humana que vai além do simples órgão de bombeamento sanguíneo. O conhecimento da complexa interconexão tem implicações profundas que transcendem o campo da anatomia, abrindo portas para novas compreensões sobre a influência dos estados emocionais na saúde física e mental.

A interconexão entre coração e cérebro não apenas desafia as concepções tradicionais sobre a função do coração, mas, também, oferece uma perspectiva inovadora para aprimorar a saúde e o bem-estar. Para nós que não somos cientistas, a conclusão é simples: temos de cuidar de nossas emoções porque elas, sim, afetam de forma direta nossos corpos e nossa saúde.

(*) Simone Pontes, Socióloga, jornalista, CEO da TAB
Marketing Editoria e muito interessada na vida.

@simonepontes