As diversas teorias sobre biofilia entendem que o convívio e a tração pela a natureza traz diversos benefícios para saúde humana, física e mental, com estudos que comprovam isto.

Sabemos que quando nosso corpo necessita de água, sentimos sede, quando almoçamos ou jantamos, nosso cérebro nos aciona a vontade de comer doces. Nosso corpo nos dá sinais daquilo que necessitamos. 

    E aí entra o conceito da arquitetura biofílica. Já temos visto, há bastante tempo, por arquitetos e clientes vanguardistas, a inserção de plantas, de verde, de texturas e tramas naturais, de água e de pedra, nos ambientes projetados.

Isto, muitas vezes, pode ser utilizado empiricamente, sem consciência direta, por achar bonito, ter visto na casa de alguém, ter saído em uma revista, na Casa Cor. Porém, nós não gostamos destes elementos apenas por ser tendência, pelo visual e impacto que nos causa. Nós buscamos trazer a natureza para os nossos ambientes porque nosso corpo e mente estão nos avisando de que precisamos de bem-estar e necessitamos destes elementos perto de nós porque nos fazem bem. Isto é ciência, e não apenas visual.

    Nossa relação com o ambiente se dá através das nossas experiências culturais, sociais e pessoais e elas são muito individuais. O senso de habitat de cada indivíduo é construído por instinto, por genética do ser humano, e por estas relações externas. Valorizamos e gostamos daquilo que nos é familiar e nos causa bem-estar e segurança.

    Ao longo dos anos, na história dos estilos da arquitetura, vemos aproximações da natureza e distanciamentos, como a Art Noveau, com suas linhas orgânicas e natureza; a Bauhaus; o Pós Modernismo. O contexto sócio cultural determina o comportamento humano e, por consequência, influencia a arquitetura. E a arquitetura influencia o modo que vivemos também.