Cicloturismo - Por Criz Azevedo

TURISMO DE BICICLETA

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CENÁRIOS DE PAISAGENS EXUBERANTES POR ROTAS GAÚCHAS

A prática do cicloturismo no Brasil é relativamente nova se compararmos aos hábitos de ciclistas viajantes na Europa, como as regiões de Baden-Württemberg e Hessen, no sul da Alemanha, que disponibilizam vias especiais iluminadas, sinalizadas e exclusivas para os praticantes do pedal, ligando cidades e estados. São mais de 70 mil quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, em diversos distritos do país e cerca de 200 rotas de longa distância.

No Rio Grande do Sul, quem ama atividades ao ar livre e não teme os esforços necessários sobre duas rodas, nos quais pedras, subidas e descidas podem ser desafiadores, a serra gaúcha é um convite que vale a pena.

Uva e vinho de bike / Foto: Divulgação Atenas Turismo
Pequenos grupos em Otávio Rocha / Foto: Divulgação Atenas Turismo

Há quem busque fazer seu tour de bicicleta associado com hospedagem, gastronomia local e demais experiências exclusivas de cada cidade. A Atenas Turismo tem desenvolvido pacotes nesse sentido, em viagens guiadas para os municípios de Otávio Rocha e Nova Pádua, ambos na serra gaúcha. Um deles, com percurso de 25 km, passa por cachoeiras, plantações de morangos, queijarias, vinícolas, tem descanso merecido em pousada, além de outras atividades em belíssimas áreas rurais. De acordo com Claudio Fagundes, ciclista e empresário do setor de turismo, as bike tours (ou cicloturismos) tendem a crescer no Brasil, pela imensa diversidade que o país dispõe, cenários que são um convite irresistível para conhecer, sem contar que ficam longe de centros urbanos. “Com a pandemia, as pessoas têm buscado alternativas de passeios que não sejam tão distantes de suas cidades e preferencialmente em ambientes abertos. Já para aqueles acostumados a trajetos mais arrojados, como a Serra do Rio do Rastro (SC), por exemplo, percebe-se que esse tipo de ciclismo também tem grandes chances de crescer, seja pela paisagem que oferece, seja pelo desafio”.

@atenasturismo

BIKE E VINÍCOLAS

Visitar os Caminhos de Pedra, Vale dos Vinhedos, Estrada do Sabor, Salto Ventoso e Vale do Rio das Antas, na serra gaúcha, é sempre uma experiência sensorial incrível. Imagina, então, percorrer estradas de chão, calçadas, asfaltadas ou trilhas, em meio à exuberante natureza da região, sobre uma bike. Desde 2014, a Rede de Hotéis Dall’Onder atua com o projeto Que tal de bike?, levando turistas e comunidade a se aventurar pelo interior. São cinco trajetos passando por seis cidades. As pedaladas podem ter de 4h a 8h de duração, dependendo do roteiro, com percursos de 10 km a 30 km. Em todas as opções, os cicloviajantes são acompanhados em tempo integral por uma equipe treinada e um veículo de apoio com toda estrutura necessária. Condutores qualificados, devidamente treinados e certificados, estão prontos para guiar todo tipo de turista interessado em descobrir os recantos da Serra Gaúcha. O passeio inclui lanche, suporte e acessórios. Os roteiros terminam com visitação e degustação dos melhores rótulos em vinícolas da região. Após, os participantes são levados de volta ao hotel em traslados de carro, van ou micro-ônibus, dependendo da situação.

https://www.dallonder.com.br/cicloturismo

@hoteldallonder

Vinhedos de bicicleta / Foto: Jonatha Junge
Experiências com bicicleta Dall

CIRCUITO ROTA ROMÂNTICA

A Rota Romântica que liga cidades da serra gaúcha, como Nova Petrópolis, Picada Café, Linha Nova, Presidente Lucena, Ivoti, Estância Velha, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Dois Irmãos, Morro Reuter, Santa Maria do Herval, Gramado, Canela e São Francisco de Paula, embora não ofereça vias exclusivas para os ciclistas, dispõe de um guia sobre estradas sinalizadas, não pavimentadas, que valem conhecer pela natureza do entorno. São mais de 300 quilômetros de vias que fazem o cicloturismo ser uma das atrações da rota. Distância, altimetria, grau de dificuldade estão entre as informações documentadas no guia, e os pontos sugeridos nesse material estão sinalizados nas vias com placa indicativa. Para saber mais sobre como funciona o Circuito de Cicloturismo da Rota Romântica, acesse o site:

https://www.circuitocicloturismo.rotaromantica.com.br/

@rotaromantica

Circuito Rota Romântica passa por diversas cidades / Fotos: Gustavo Agne de Oliveira

ROTA CICLOTURISMO - VALE DO ESPUMANTE

Com o intuito de oferecer à comunidade e visitantes a possibilidade de experiências marcantes e desaceleração de rotinas estressantes, regadas de boas histórias, saborosas comidas e ótimos espumantes, a cidade de Garibaldi também traz boas iniciativas voltadas para os fãs do pedal. A Rota Cicloturismo - Vale do Espumante pode ser feita de forma autoguiada ou com condutor. É composta de três circuitos, com diferentes níveis de intensidade de esforço (curto - 21,1 km, médio - 35,9 km e longo - 55,7 km) e para todos os públicos. A sinalização compreende todos os trajetos e o guia de navegação, que poderá ser impresso ou baixado pelo usuário, contém informações precisas para a orientação do participante.  No site da secretaria de turismo de Garibaldi, encontra-se a aba que mostra os mapas dos circuitos curto, longo e médio, além de PDFs sobre como interpretar marcações nos mapas.

http://turismo.garibaldi.rs.gov.br/rotas-atrativos/cicloturismo-vale-do-espumante

@turismogaribaldi

Pedal na terra do espumante / Foto: Samuel Boff
O tour pelas estradas e vinhedos é autoguiado / Foto: Samuel Boff

CIRCUITO CASCATAS E MONTANHAS

Englobando os municípios de Rolante, Riozinho e São Francisco de Paula (RS), o roteiro permite ao cicloturista uma exploração completa e tranquila de todas as atrações dessas localidades, podendo ser percorrido de dois a cinco dias, sempre com passagens pela área central das cidades, para conveniência. Situado numa região de cascatas e montanhas, proporciona uma experiência ímpar para o cicloturista. São 123Km de extensão. O roteiro é dividido em quatro etapas, com sugestão de percurso para cada dia de pedalada e opções para pernoite em cada cidade. O Circuito das Cascatas e Montanhas foi projetado como um trajeto autoguiado. Isso quer dizer que mesmo sem orientação de GPS, mapas ou outra referência, o cicloturista pode acompanhar o caminho. Partindo de um dos pontos de referência em cada uma das etapas, o cicloturista deve seguir sempre pela VIA PRINCIPAL, até encontrar alguma bifurcação ou desvio devidamente sinalizado com uma placa do circuito contendo a direção a ser seguida. A cada 5 Km, encontrará placas indicativas com a quilometragem e altimetria daquele local. Em locais estratégicos, encontram-se placas explicativas quanto à localidade, fornecendo o mapa do circuito, telefones de contato e outras informações.

http://cascatasemontanhas.com.br/

@cascatasemontanhas

Natureza e esporte em Rolante / Fotos: Jonathan Eloy @odioninha